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sábado, 17 de maio de 2008

Papa João XIII, De Nardi


O Padre Alcindo Trubian, da Rádio Miriam de Caravaggio, em Farroupilha-RS, encontrou os informes abaixo, referentes ao papa João XIII, no livro Papas, Biografias. O texto foi ligeiramente alterado com pequenos acréscimos da História Eclesiástica de Dom Jaime de Barros Câmara, catarinense, que foi cardeal do RJ, objetivando clareza e enriquecimento da noticia.

JOÃO XIII

Com a morte de Leão VIII, antipapa indicado pelo imperador (rei) Otão I, da Alemanha, o mesmo propôs para Papa o bispo De Nardi, que tomou o nome de João XIII e dirigiu a Igreja de primeiro de outubro de 965 até 6 de setembro de 972, por quase 7 anos.

João XIII, nascido * 920, era filho de Teodora II e do cônsul João Crescêncio, nobre romano. O imperador esperava contentar os romanos com essa escolha. Os romanos, porém, no ano 966, em guerra civil, expulsaram João XIII e o prenderam no Castelo Santo Ângelo.

Pela terceira vez, Otão I dirigiu-se a Roma, à testa de um batalhão armado. Os romanos, atemorizados, restituíram os direitos de João XIII e deram obediência às milícias de Pandolfo de Cápua e outros senhores feudais, fiés ao imperador.

Mas, por esta revolta dos romanos contra as ordens do imperador germânico, Otão I vingou-se asperamente. Ao prefeito de Roma, Pedro, lhe foi cortada a barba, em sinal da perda da autoridade. Foi suspenso pelos cabelos à estátua eqüestre de Marco Aurélio, posto a ignominiosa cerimônia e, finalmente, enviado para o exílio. Os chefes dos soldados romanos foram enforcados e os restos mortais dos principais revoltosos foram lançados às imundícies.


Portanto, não é séria a notícia dos vários sítios do Google informando que o próprio João XIII teria comandado tal vingança, embora seja certo que “após esses acontecimentos João XIII pôde reinar tranquilamente como papa e rei dos romanos”, como o fizera anteriormente (Otaviano) João XII, seu segundo primo.
Em abril do ano 967, Otão I restituía também Ravena à autoridade do papa, que até então obedecia ao arcebispo feudatário dessa região italiana.

Aos 25 de dezembro (natal) de 967, João XIII coroou como imperador o filho de Otão I, de doze anos de idade, com o nome de Otão II, e em abril do ano 971 celebrou o matrimônio dele, tendo dezesseis anos de idade, com a princesa Teofanó, coroando-a imperatriz. Assim o império romano ficou divido em duas partes, entre pai e filho.

Pela interferência dos imperadores bizantinos, germânicos e romanos, reis, nobreza e clero torna-se um tanto obscura a vida ativa dos papas, sujeitos a todos os vexames da tirania, da ignorância religiosa e da ambição inescrupulosa durante a Idade Média.
Somente a Divina Providência podia zelar pela sua Igreja. Existe tamanha confusão de datas, nomes e dados históricos que o historiador, por mais perspicaz que seja, teme afirmar atos acertados ou erros cometidos pelos papas, bispos e clero.

João XIII faleceu pacificamente, (e não assassinado torpemente, como divulgam alguns sítios do Google). Até aqui a pesquisa do Pe. Alcindo.

Como papa empreendeu uma notável atividade religiosa e, entre outras realizações, reorganizou os episcopados do norte da Alemanha para favorecer a difusão do cristianismo entre os eslavos norte-orientais.

Ajudou a difundir o cristianismo na Polônia e na Boêmia com a ajuda do exército imperial e introduziu o uso de abençoar e dar um nome aos sinos. O papa de número 134 faleceu em Roma e foi sucedido por Benedito VI (973-974).

Para os interessados no Arquivo D N encontr-se a pesquisa amplamente desenvolvida.

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PRODUÇÃO

  • Organizado e mantido por Arquivo De Nardi
  • Responsável - Marinês De Nardi Verona
  • Colaboração Nelson D N e Lúcia Madeira D N