O PIONEIRO - Jornal de Caxias do Sul, RS 05/06/2010 N° 10758
VITIVINICULTURA - Colheita precoce
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Como muitos jovens da Serra, Taline De Nardi descobriu cedo que queria trabalhar com o vinho. Em 2003, aos 16 anos, junto com a prima, Morgana, então com 19, começou a tomar as providências para tocar a própria vinícola. A grande diferença é que ela não nasceu embaixo do parreiral, nem ajudava os pais no campo quando criança, tampouco aprendeu a fazer vinho com o nonno. O fato de seu passado não ter ligação com a vitivinicultura não a impediu de transformar a atividade em seu futuro.
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Filha de industriário (Claudir), despertou para o assunto por incentivo de Maurício Carlos Grando, dono da vinícola Villaggio Grando, amigo de seu pai. Vindo do setor madeireiro, ele próprio tinha a vitivinicultura como uma aposta recente. Depois de testes em uma propriedade da família em Videira (SC), a primeira safra veio em 2005, consolidando o projeto da Vinícola Santa Augusta. Uma vez no mercado, ela e a prima se dividiram nas diferentes tarefas da cantina. O pai e o tio entraram com o suporte financeiro.
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– Eles têm o papel de investidores, mas as decisões tomamos em conjunto – garante ela, que destaca ainda o apoio da Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis).
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Com o tempo veio a necessidade de qualificação e, em um curso de sommelier em Flores da Cunha, ela conheceu o enólogo e engenheiro agrônomo Jefferson Sancineto Nunes, sócio da empresa Enolab. O contato resultou na contratação da consultoria enológica, no reposicionamento da marca e na ampliação dos vinhedos. Aos quase 10 hectares em produção em Videira foram somados outros 30 no município de Água Doce. Com visão estratégica incomum para alguém de 22 anos, Taline agora quer estudar enologia e ganhar projeção com sua empresa.
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